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ESPECIAL Dia do Orgulho LGBTQIA+| Filmes

Foto do escritor: Cinéphile (In)occupéeCinéphile (In)occupée

Capa do post, com o título "Filmes LGBTQIA +(símbolo de adição)", com a em fonte estilo 'Colored Crayons'. O fundo com a bandeira LGBTQIA+, nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo. No canto superior direito há estrelas em 3D em tamanho gradiente; no meio do lado esquerdo há um microfone típico de locutores e abaixo, um pacote preto com a pipoca derramada sobre a bandeira. No meio inferior da imagem há mais uma estrela 3D, com uma claquete ao lado direito. No canto inferior direito, por cima da claquete, há a marca d'água com o logo do blog, o círculo lilás com a claquete e o rolo de filme em amarelo centralizados, com o título Cinéphile curvado acima dos ditos objetos, e (In)occupée curvado abaixo, tendo um rolo de filme substituindo a letra 'o'. No canto inferior esquerdo, há o logo do blog:  o círculo lilás com a claquete e o rolo de filme amarelo, com o título se curvando entre os dois objetos.

Hoje, dia 28 de junho, pra quem não sabe, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Como havia explicado nesse post, a data ocorre por conta das manifestações de Stonewall, Nova York, após uma bruta ação policial em um bar do bairro. Mais do que uma comemoração, hoje é um dia de memória, resistência e luta. Luta, principalmente no audiovisual, que ainda é um espaço pouco ocupado pelas minorias, como podemos perceber com a falta de representatividade, ou melhor, a má representação de personagens LGBTQIA+.

Um feliz dia do Orgulho a todes e boa leitura!



Desobediência

Na imagem há duas mulheres brancas de frente uma para outra, Ronit (Rachel Weisz) à esquerda, de cabelo longo na cor castanho escuro, está com os olhos entreabertos, olhando na direção dos lábios da mulher a sua frente, Esti (Rachel McAdams), de cabelos curtos na cor castanho escuro, que está com a mão esquerda segurando a lateral do rosto de Ronit. Em seu pulso há um relógio prateado, e ela veste uma blusa preta. Ronit veste uma regata branca. Ao fundo, cortinas cinzas, com apenas uma fresta da janela no canto esquerdo.

Créditos via Google Imagens

Ronit (Rachel Weisz) é uma fotógrafa que retorna à sua comunidade judaica-ultra ortodoxa após receber a notícia que seu pai, o rabino, faleceu. Num reencontro super desconfortável, ela revê seus antigos amigos Dovid (Alessandro Nivola) e Esti (Rachel McAdams), que agora estão casados. Eles a convidam para se hospedar em sua casa, e durante esse tempo Roni e Esti retomam a paixão da adolescência - em meio ao sistema opressor do povo.

Eu assisti esse filme recentemente para compor a lista, e eu já adorei só por ser um romance lésbico com judias ortodoxas, ou seja, toda a questão do proibido e moral religiosa sendo posta de lado e etc. - vale à pena só por isso, porém tem outros pontos interessantes também.

E aí juntando essa temática com um roteiro bem construído, uma direção dramática que capta bem os sentimentos das personagens e um elenco forte, resulta em um filme excelente.

O filme é lindo, inteiramente e está disponível no catálogo do Telecine Play, para compra no Looke e aluguel e compra no Google/YouTube Filmes.


The Normal Heart

O personagem Ned (mark Ruffalo), um homem branco, mid-size, com cabelo grisalho, de expressão atônita, está centralizado, vestindo um blazer de cotelê marrom canela, uma camisa cinza gravite e uma regata preta com bolinhas brancas. Ele está sendo segurado por dois seguranças, brancos, vestido paletó preto e camisa branca - o guarda à esquerda tem um fone de comunicação branca na orelha direita. Ao fundo, homens e uma mulher, todos brancos, utilizando ternos, encarando-os três centralizados da imagem. No ambiente fechado, há apenas uma cortina cinza mais ao fundo.

Créditos via Google Imagens

Preparem os lencinhos porque esse é forte!

Ambientando na Nova York dos anos 1980 com a epidemia de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), o longa foca na luta de Ned (Mark Ruffalo) e outros ativistas para mudar o estigma da doença conhecida como “peste gay” dentre outros nomes chulos.

Baseado na peça de mesmo nome, escrita por Larry Kramer em 1985 - que também roteirizou o filme, que é dirigido por Ryan Murphy.

Nesta década, o estigma acerca da AIDS era muito grande, e as políticas de saúde eram um descaso principalmente por conta do preconceito e a película escancara isso de uma maneira comovente. É bem triste e revoltante, muitos morreram sem antes haver um tratamento eficaz - e o progresso em relação à cura está ocorrendo atualmente.

Destaque para o elenco poderosíssimo, contando com Julia Roberts, Jim Parsons, Matt Bomer, dentre outros.

O filme encontra-se disponível no catálogo da HBO Max.


Flores Raras

Na cena há duas mulheres brancas, Elizabeth Bishop (Miranda Otto), de cabelo cacheado curto castanho arruivado, vestindo uma camisa branca e uma saia cinza até o joelho. Ela está de lado (lado esquerdo de seu corpo, à direita da imagem) um tanto inclinada para trás e olha para frente. Com os braços ao redor de suas costas, há Lota de Macedo Soares (Glória Pires), de cabelo preto preso, um óculos com lentes ovaladas, usando um lenço marrom por dentro da camisa listrada em branco e lilás, um cinto marrom prende a sua calça cáqui na altura da cintura. Ela está olhando para Bishop, gesticulando com a mão direita. Ao fundo, uma casinha cinza com o telhado ligeiramente curvo, com árvores ao fundo. Um jardim com decoração em flores vinho e arbustos verde-limão, alinhados em formato de S. Atrás das moças, terra revirada com alguns galhos de árvore. À frente delas, o tronco de uma árvore com poucas folhas, o chão com alguns arbustos altos na altura dos calcanhares.

Créditos via Google Imagens

E vamos de tesourinho nacional subestimado! Confesso que a primeira vez que assisti esse filme, achei meio paradão, mas dei uma nova chance a ele e eis o porquê você deveria fazer o mesmo: o drama retrata o romance entre duas famosas figuras históricas: a poetisa estadunidense Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e Lota de Macedo Soares (Glória Pires), arquiteta que foi uma dos idealizadores pelo projeto do maior aterro urbano do mundo, o Parque do Flamengo. Bishop viaja até o Rio de Janeiro, pretendendo ficar pouco tempo, pois está numa jornada à procura de inspiração, mas coisas mudam quando hospeda-se na casa de uma amiga, Mary Morse (Tracy Middendorf), namorada de Lota, naquele momento. No começo, a poetisa e a arquiteta se estranham, mas aos poucos vão se conhecendo e por fim, se envolvem, tendo o amor uma pela outra como inspiração para seus projetos.

Baseado no romance “Flores Raras e Banalíssimas”, de Carmen L. Oliveira, os pontos interessantes desse longa são tantos que até renderiam um post só, mas vou me ater aos que mais me impressionaram.

Primeiro a figura de Lota de Macedo Soares, que é excepcional para a época - se hoje já é difícil ser lésbica, antigamente nem se fala né - uma mulher, exercendo um cargo importante numa profissão que é bem dominada pela figura masculina, vivendo com outra mulher assumidamente - ainda que no começo do filme, Mary diga que é necessário que elas sejam discretas - mas elas têm a liberdade para serem quem elas quiserem ser ali, na casa delas em Petrópolis. Elizabeth Bishop, por si só, é reconhecida como uma das mais importantes poetisas do século XX.

Segundo - e agora essa parte contém SPOILERS, então se você não viu ainda, não leia - é o trio que se estabeleceu no meio da trama, com a Lota e Elizabeth se tornando um casal e a Mary vivendo ali. Elas até chegam a adotar uma garotinha, que cresce com as três cuidando dela, e assim permanecem por anos (de 1951 a 1965) até Bishop se mudar novamente para os EUA. Um trisal, ainda que elas não se relacionassem entre si, no qual Mary era a mãe, Elizabeth a tia e Lota a avó, de acordo com essa matéria do jornal O Globo. Detalhe: na reportagem, é informado que era Morse quem bancava a família.

De pano de fundo temos o Brasil durante os anos 1950 e 1960, pegando o governo de Juscelino Kubitschek, a construção de Brasília, a campanha eleitoral de Carlos Lacerda (Marcello Airoldi, no filme), a ascensão da bossa nova como gênero musical, entre outros.

A direção faz jus ao gênero de drama, não deixando de ser bonita, combinada à fotografia que exala romance.

O filme encontra-se disponível no catálogo do Globoplay.


Tinta Bruta

Na cena há um rapaz branco de cabelos cacheados em tom castanho escuro, na altura dos ombros, com tintas neon nas cores laranja, rosa e amarela, espalhadas pelo pescoço e ombros. O ambiente é iluminado pela luz negra, deixando em tom de violeta.

Créditos via Google Imagens

Eu descobri esse filme recentemente através na Cinelist Orgulho LGBTQI+ do Telecine, (não, eu não fui paga para fazer esse merchan aqui, infelizmente) e até agora eu não consegui superá-lo.

Pedro (Shico Menegat) largou a faculdade de Química, mora com a irmã - que está prestes a se mudar - e está respondendo por um processo de agressão contra um colega. Sua única fonte de renda é o camming, no qual ele performa usando tintas neon - porém logo um outro rapaz passa a imitá-lo, fazendo-o perder clientes.

Camming é uma prática de exibição online em que na maioria das vezes envolve interação sexual com os clientes em troca de dinheiro. Pode ocorrer em plataformas próprias ou em softwares como Skype. Pra quem tiver mais curiosidade sobre, recomendo essa grande reportagem feita por sete jornalistas incríveis.

Voltando ao tesourinho nacional: de 2018, foi escrito e dirigido por Filipe Matzembacher e Marcio Reolon e aborda de uma maneira muito poética e esteticamente bela a homofobia, a introspecção, a solidão, a dificuldade de interação social real e também, o erotismo, não deixando de utilizar de cenas fortes.

Ambientado em Porto Alegre (RS), Pedro sofre demais. Sua irmã Luiza (Guega Peixoto) é sua única amiga e está se mudando para Salvador (BA), ou seja, além de perder a única pessoa com quem tem afinidade, ele também vai ter que pagar as contas sozinho; ele está sendo processado por ter agredido um colega na faculdade (e aos poucos descobrimos o motivo), e ele tem que se virar como camboy e as performances de tinta neon para ter alguma renda, porém logo um imitador surge e a solução que encontra para contornar a situação é fazer exibições junto com Leo (Bruno Fernandes) - o imitador.

Parece pouco, mas o filme realmente é uma obra de arte e me prolongar exaltando-o mais estragaria para vocês.

Destaque para a fotografia do filme, que é verdadeiramente fascinante, e a nudez masculina que é amplamente mostrada e explorada do início ao fim, sem ser apelativa.

O filme encontra-se disponível no catálogo do Telecine Play, e também para aluguel e compra no Google/YouTube Filmes.


Você Nem Imagina

Na cena, no lado esquerdo da imagem há uma garota asiática, de óculos, boiando em um lago, olhando para o céu com sua camiseta listrada em marrom, laranja e vinho molhada por estar na água, seu cabelo preto está submerso. Ao seu lado, há outra garota, branca, com os olhos abertos fitando acima, vestindo uma blusa amarela também molhada pela água. Seus reflexos aparecem na água do lado, em tom verde oliva acinzentado. Raízes marrons aparecem ao fundo.

Créditos via Pinterest

Por mais que o final desse filme tenha frustrado alguns, não se pode negar a importância dele, aqui nessa lista.

Ellie Chu (Leah Lewis) é uma jovem nerd e tímida que tem como renda extra a venda de trabalhos para os colegas (a pedidos dos mesmos). As coisas mudam quando Paul (Daniel Diemer) pede que escreva declarações de amor para Aster Flores (Alexxis Lemire). Aos poucos, Ellie vai se descobrindo ao perceber que está apaixonada por Aster, enquanto também desenvolve uma inusitada amizade com Paul, iniciando um conflito.

É um filme morno, que usa de conceitos clichês, mas ideias inovadoras por um lado. Teria dado mais certo se fosse uma série, onde pudéssemos entender mais sobre a personagem principal, no entanto ainda passa uma boa mensagem sobre amor idealizado.

Destaque para a representatividade de ter uma personagem asiática e lésbica no papel principal, formando um casal interracial.

O longa encontra-se disponível no catálogo da Netflix.


Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Na imagem há dois garotos brancos sentados sem camisa em espreguiçadeiras reclináveis de madeira, com forro listrado em verde, branco, azul claro e escuro. Ao fundo, vegetação de mata. O rapaz à esquerda tem cabelos castanhos escuro cacheados levemente úmidos; sua bermuda verde escura está molhada e tem uma toalha amarela sobre sua perna direita. Ele tem um protetor solar em sua mão direita e está pondo-o na mão do garoto ao seu lado, que está seco, vestindo apenas uma bermuda cor índigo. Seu cabelo castanho é liso, e ele tem o olhar voltado para a frente (ele é cego). Uma toalha está no braço esquerdo da espreguiçadeira.

Crédito via Google Imagens

E mais um tesourinho nacional na lista!

Leonardo (Guilherme Lobo) é um jovem cego que tem uma mãe superprotetora e a companhia constante da melhor amiga Giovana (Tess Amorim). Tudo muda com a chegada de Gabriel (Fábio Audi), que logo fica amigo dos dois, porém aos poucos Leo vai aprendendo mais sobre si mesmo e seus sentimentos.

O filme é uma adaptação do curta de 2010, Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho, feito pelo diretor Daniel Ribeiro. É uma obra muito sensível, que aborda o amor gay na adolescência de maneira sutil, natural - como deve ser. Tem todo aquele drama adolescente meio clichê, mas sem ser massante ou exagerado, os pais superprotetores, a picuinha de panelinhas, bullying, ao mesmo tempo que tem um adicional em representatividade com um protagonista cego.

O filme encontra-se disponível no catálogo da Netflix, e também disponível para aluguel e compra no Google/YouTube Filmes.


A Criada

Na imagem, gotas de chuva, com uma vegetação ao fundo das mulheres em foco, com pedras no chão, ao fundo. A mulher à esquerda, asiática, tem o cabelo preto trançado e segura uma sombrinha de madeira e tecido estilo oriental para a moça a sua frente; ela usa uma blusa com corte estilo quimono, na cor azul, e uma saia com pregas branca que marca sua cintura. Ela está olhando para a mulher asiática a sua frente, que tem o cabelo preso, usa uma blusa com babados ao redor do decote circular sem mostrar a fenda dos seios. Usa uma saia cor cáqui com duas fileiras de botões decorando. Seu olhar é sereno, enquanto que o de sua jovem criada está analisando-a.

Créditos via Google Imagens

Particularmente, eu amo esse longa sul-coreano demais por conta do plot twist que a história tem no meio e eu só estava esperando a oportunidade para falar dele por aqui. O longa tem como pano de fundo a ocupação japonesa na Coreia, durante os anos 1930.

Sook-Hee (Kim Tae-ri) se une a um vigarista, o falso Conde Fujiwara (Ha Jung-woo) com um plano para roubar a fortuna da jovem Hideko (Kim Min-hee), prometida ao tio dominador, com quem mora em uma mansão, isolados. Se passando por criada, aos poucos Sook-Hee desenvolve sentimentos pela Lady.

Lady Hideko irrita no começo, afinal, as empregadas fazem tudo por ela - inclusive massagear a sua gengiva quando sente dor de dente após comer um pirulito, e a vemos como ingênua no começo da trama. Sook-Hee, por outro lado, foi criada por uma família de ourives falsificadores, então é natural que seja muito esperta.

O plano está traçado: Fujiwara, disfarçado de professor de artes, deve seduzir a jovem herdeira e Sook-Hee deveria ajudá-la a convencer para fugir e se casar com o conde. Porém elas passam a desejar uma a outra, então esse seria o impasse do drama, certo? Bem … eu não sou capaz de estragar a história pra vocês, assim, então apenas recomendo apelo para que assistam.

A fotografia e as paisagens são elementos que chamam muita atenção - são exuberantes, belas, estarrecedoras. A escolha da narrativa também é muito interessante e funciona bem para a história e sua compreensão.


Hedwig - Rock, Amor e Traição

Na imagem há uma mulher trans, de olhos fechados, com os lábios pintados em um vermelho cintilante, cílios postiços pretos, sombra brilhante nas cores branco, azul e preto, e suas sobrancelhas feitas no pincel são finas. Sua peruca platinada tem os dois lados da franja curvados para cima, como se fossem rolinhos. Usa um colar brilhante em sua mão direita uma luva de renda preta, segurando um microfone. Seu ombro direito está desnudo, enquanto o esquerdo em uma roupa rosa com manga longa de corações brancos brilhantes, seu braço estendido para cima. Atrás, luzes amarelas e verde iluminando uma parede vinho, com um homem branco de óculos e cabelo liso vestindo uma jaqueta preta por cima da camisa. A expressão da mulher é um tanto sofrida, como se estivesse "sentindo a música".

Créditos via Pinterest

Quem assistiu Sex Education com certeza ouviu falar deste cult de 2001.

Hedwig (John Cameron Mitchell) era Hansel, vivia na Alemanha Oriental, e sonhava em se tornar um rockstar nos EUA. É então quando ele conhece o soldado estadunidense Luther (Maurice Dean Wint), que depois o convence a se submeter a uma cirurgia de readequação de gênero, para poderem se casar e mudar para os EUA. Apoiado pela mãe, Hansel aceita, mas o procedimento foi mal realizado. Já como Hedwig e separada do marido, ela se apaixona por um garoto de 16 anos que rouba todas as suas músicas, se tornando um rockstar. Ela então passa a tocar em bares e outros pequenos lugares, junto com a sua banda Angry Inch, contando sua história.

O drama musical foi adaptado do musical de 1998 escrito por John Cameron Mitchell. É muito bem construído, com a história de Hedwig sendo contada através das músicas que canta, numa atmosfera bem punk, transmitindo a frustração da artista.

Hedwig teve uma infância difícil e todos os homens em quem confiou e amou a feriram de alguma forma - ela aceitou a cirurgia - leia-se no caso como mutilação - apenas para poder escapar da opressão que era viver na Alemanha Oriental. É natural esperar que ela quisesse vingança, e é o que ela tenta buscar na maior parte do filme, mas isso não significa que não seja possível ver o seu sentimentalismo e romantismo, seu desejo de amar e ser amada.

A película une boa música, com uma história interessante, figurino e maquiagem glamourosos e mais a performance incrível de Mitchell como Hedwig.

O filme encontra-se disponível no catálogo do HBO Max.

Trailer em inglês


Imagine Eu e Você

Na cena, é mostrado a parte superior (do busto para cima) de duas mulheres brancas, com pessoas atrás que têm o rosto cortado pela imagem. A mulher à esquerda  tem cabelo castanho escuro mediano, usa touca preta, tem olhos verdes, não usa maquiagem, e tem uma jaqueta verde militar com uma ponta de seu cachecol na cor bordô aparecendo. Encostada à sua frente, a mulher no lado direito tem os cabelos castanho mel levemente encaracolados, usa um batom marrom claro e um pouco de sombra nude nos olhos. Está com uma touca marrom escuro, um cachecol azul anil e um casaco de lã trançado em fios na cor branco e marrom. Ambas olham para a cena que está disposta a sua frente.

Créditos via Google Imagens

Essa comédia romântica é uma das minhas favoritas da vida e é claro que eu não deixaria de incluí-la nessa lista

Rachel (Piper Perabo) conhece a florista Luce (Lena Headey) durante o seu casamento com Heck (Matthew Goode) - e imediatamente sente-se intrigada por ela. Elas começam uma amizade, mas não conseguem ignorar a atração que sentem uma pela outra.

O longa é de 2005 e como comédia romântica, não foge aos clichês do gênero, mas o diferencial desse filme é a premissa de um casal lésbico (o que era sim, uma inovação para a época) e principalmente pelo fim da trama.

É um filme importante por mostrar que às vezes, o amor aparece de forma inusitada, mesmo que você esteja de casamento marcado com outra pessoa, quando aparece a pessoa certa, não tem como fugir do sentimento, mesmo que seja uma pessoa que se identifica com o mesmo gênero que você.


Tatuagem

Centralizados na imagem há dois homens sentados à mesa de um bar, rindo. O homem centralizado do lado esquerdo, jovem, olha para baixo enquanto ri, sua mão esquerda apoiada na bora da mesa enquanto a outra está dobrada sobre o joelho. Usa uma camisa branca e calça marrom, seu cabelo curto, mais raspado nas laterais - estilo militar. À sua frente, encarando-o o homem mais velho, com cabelo cacheado preto, de barba rala e bigode, usa camisa vermelha, calça marrom clara, um anel no dedo mindinho direito da mão apoiada no outro braço esquerdo, que está apoiada sobre o joelho. Na mesa, há papéis, garrafas de cerveja e copos. Atrás deles, há um homem com cabelo raspado e regata estampada em bolinhas coloridas, não é possível identificar sua parte debaixo coberta. À sua frente, uma mulher rindo com os olhos fechado e rosto apoiado sobre a mão esquerda. Há outro homem no fundo com camisa estampada em flores coloridas. Luzes coloridas iluminam uma planta  ao fundo.

Créditos via Google Imagens

Mais um nacional na lista, com participação especial do cantor Johnny Hooker, e se isso não é motivo o suficiente para te convencer a assistir como foi para mim em 2015, deixa eu te contar mais um pouquinho sobre.

No final dos anos 1970, Clécio (Irandhir Santos) comanda uma trupe de artistas em um teatro/cabaré em Recife, em plena ditadura militar. Arlindo “Fininha” (Jesuíta Barbosa), é um soldado de 18 anos que vai até Recife entregar uma carta de sua namorada para o irmão, conhecido pela região como Paulete (Rodrigo García). É então que Clécio e Fininha se conhecem, iniciando um tórrido caso de amor.

A maior beleza do filme pode ser encontrada no relacionamento entre Clécio e Fininha, e na paixão arrebatadora que tem um pelo outro. O mais velho, mais sentimental, se entrega ao amor que o Arlindo oferece, que por sua vez, sofre com o conflito entre seguir com a vida como militar, escondendo seus desejos, ou abandonar o exército e viver a vida boêmia ao lado do artista.

Além do romance, também temos a trupe do teatro, batizado de Chão de Estrelas, usando de números e figurinos obscenos para zombar do regime militar e da moral e bons costumes na época, tudo com um afiado senso de humor.

Em 2015, o filme entrou para a lista de 100 Melhores Filmes Brasilieiros de Todos os Tempos da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e ganhou diversos prêmios nacionais, como o de Melhor Ator para Irandhir Santos no Festival de Gramado e Melhor Ator Coadjuvante para Rodrigo García no Festival de Cinema do Rio. E de fato, a performance de todos os atores na película estão impecáveis.

O filme encontra-se disponível no catálogo da Netflix e também para aluguel e compra no Google/YouTube Filmes.


Rafiki

Centralizadas na imagem, há duas mulheres negras num espaço com outras pessoas. A mulher à esquerda usa tranças curtas, com miçangas em uma ponta no lado direito do seu rosto, um colar com cordão preto e um pingente marrom claro. A parte de cima de sua roupa tem alças finas e é salmão com estampa de flores rosa e detalhes em preto, Ela olha preocupada para a jovem ao seu lado, que usa tranças em estilo dread coloridas em tons pastéis de rosa, azul, lilás e amarelo, com uma pequena trança no meio da testa com um búzio na ponta. Se cabelo cobre a sua roupa, mas é possível notar que a parte de cima também tem alcinha fina, e ela olha com certa diversão e provocação para a jovem ao seu lado. Ao fundo, desfocado, uma mulher negra vestindo um turbante com detalhes em azul, e roupa com estampa rosa. Outros negros aparecem desfocados ao fundo. Nos cantos inferiores da imagem, desfocados por estarem na frente, um ombro na cor preta da roupa no lado esquerdo, e outro com camisa branca no lado direito.

Créditos via Google Imagens

Esse filme queniano é um tesouro, uma joia, e não entendo a razão de não falarem tanto dessa obra de arte, então, ‘bora panfletar.

A história conta sobre duas jovens, Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), filhas de adversários políticos, que se envolvem, em meio a uma sociedade extremamente homofóbica em Nairóbi, Quênia.

Com a direção da Wanuri Kahiu, o filme foi inspirado no conto “Jambula Tree”, da ugandense Monica Arac de Nyeko, e as atrizes principais, Samantha e Sheila não tinham experiência profissional em atuação. No idioma suáili, Rafiki significa “amiga” É um filme forte, com violência, mas que também não deixa de ter beleza e poeticidade num todo. Como a diretora queria, o longa é uma história de amor africana, mostrando os sentimentos de duas jovens mulheres que se apaixonaram, na pureza do sentimento de se apaixonar.

Religiosidade e moral são dois aspectos fortemente trabalhados no filme, em que a única solução que Kena e Ziki vêem é viver longe dali. Dos tempos coloniais até hoje, relações homoafetivas são criminalizadas no Quênia, a película foi banida no país e Kahiu teve que entrar com um processo contra para poder ter o direito de concorrer ao Oscar, tendo o filme exibido por uma semana. Apesar do filme não ter sido escolhido para representar o país, fez um grande sucesso no Festival de Cannes.

Destaco, além dos aspectos citados, a paleta de cores perfeitamente escolhida para compor o tom da trama e o visual de Ziki, além da fotografia bem trabalhada.

O filme encontra-se disponível no catálogo do Telecine Play, e para aluguel e compra no Looke, Google/YouTube Filmes.


Moonlight - Sob A Luz do Luar

Na imagem, um homem negro segura uma criança negra na água. O homem olha para a criança e tem a água do mar cobrindo-o até o peito, usando o cabelo quase totalmente rapado, e um brinco com uma preta prateada na orelha esquerda. Ele olha para o garoto em seus braços como se estivesse instruindo-o. O menino tem os dentes cerrados, usando apenas uma bermuda cinza clara molhada pela água do mar e ele olha para o homem ensinando-o. Sua cabeça está sendo segurada pela mão direita do homem enquanto a outra segura suas pernas, como se estivesse aprendendo a boiar. Ao fundo, o céu branco e algumas pedras no lado esquerdo da imagem.

Créditos via Google Imagens

Olha, olha, o vencedor do Oscar de 2017 e protagonista da gafe que foi

A história é sobre a vida de Chiron, negro e morador de um bairro periférico em Miami. Retratando suas três fases: quando criança, negligenciado pela mãe e sendo praticamente criado pelo traficante Juan (Mahershala Ali); na adolescência, explorando sua sexualidade ao lado de seu único amigo, Kevin (Jharrel Jerome), enquanto sofre bullying nas mãos de outros colegas, e por fim, na fase adulta.

É um longa que aborda sutilmente sobre homossexualidade do personagem, em meio à pobreza, falta de apoio parental, violência, entre outros aspectos. A vida de Chiron é muito triste, e ao ver o desfecho da obra, é mais triste ainda ver o quanto ele se privou durante toda uma vida.

As atuações de destaque vão para os três intérpretes de Chiron: Alex Hibbert em sua fase infantil (Little), Ashton Sanders, adolescente (apenas Chiron), e Trevante Rhodes como adulto (Black); além de Mahershala Ali e Naomie Harris, que interpreta a mãe de Chiron.

Sua fotografia e uso de cores indicam a marca do estúdio A24, responsável por produções como Euphoria e Midsommar: O Mal Não Espera A Noite, ou seja, arrebatadoramente belos.

O filme encontra-se disponível no catálogo do HBO Max.


E é isso pessoal, sei que faltou vários filmes, mas se eu fosse colocar todos aqui, essa lista ficaria quilométrica ( rs rs = risos cringe).

Espero que tenham gostado, boa semana e Feliz Dia do Orgulho! 🏳️‍🌈

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© 2021 por Cinéphile (In)Occupeé. Orgulhosamente criado com Wix.com

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