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Vozes e Vultos | CRÍTICA

Foto do escritor: Cinéphile (In)occupéeCinéphile (In)occupée

Pôster promocional do filme "Vozes e Vultos", da Netflix. A protagonista tem o rosto centralizado na imagem, meio transparente. Ao fundo, um campo com pássaros e um homem carregando uma criança no colo. O título do filme encontra-se centralizado no lado direito da imagem, com o logo "crítica" do blog posicionado acima. No canto inferior esquerdo, há o logo do blog:  o círculo lilás com a claquete e o rolo de filme amarelo, com o título se curvando entre os dois objetos.

Filme tem um começo promissor, no entanto se perde no meio da trama


Thriller recente da Netflix, estrelado por Amanda Seyfried (indicada ao Oscar deste ano por Mank, outra produção original do serviço de streaming) aposta no suspense sobrenatural para desmembrar a história de um relacionamento abusivo, adaptado do livro All Things Cease to Appear de Elizabeth Brundage.

Nos anos 1980, a família Claire se muda de Nova York para uma cidade no interior, na região de Vale do Hudson, por conta do novo cargo de George (James Norton, de Adoráveis Mulheres) como professor de arte numa universidade, em que sua esposa Catherine (Amanda Seyfried) tem que largar o seu atual emprego. Numa casa velha e isolada, tanto Cathy quanto sua filha Franny (Ana Sophia Heger) testemunham acontecimentos inexplicáveis, à medida que o marido torna-se cético e até mesmo mau, em alguns momentos - enquanto toda a cidade mantém segredo sobre a história da casa.

Já no trailer, dá-se a entender que o marido não é lá muito fiel, e o que no começo parece ser um casal apaixonado, é dividido entre traições e a crença (e também a descrença) no sobrenatural e religioso.

Tudo bem, é mais um drama com toques de espiritualidade do que um suspense ou um terror em si, mas o próprio marketing da Netflix vende o filme como algo assustador - coisa que está longe de ser, porque o que mais assusta nessa obra é como existem homens que mentem na cara dura e vão até às últimas consequências por conta disso (não que isso seja distante da realidade de muites por aqui). Então, é compreensível a insatisfação com um filme desses, que promete uma coisa e não chega nem perto de cumprir outra.

Não que a ideia de adicionar fantasmas e mistérios para evidenciar e escancarar um relacionamento tóxico seja ruim - mas é a maneira de como foi feita, que é fraca, clichê e muito mal concluída. Mais um caso de elenco muito bom (coitado do F. Murray Abraham) desperdiçado numa obra mediana; fora efeitos especiais chulos para as manifestações sobrenaturais, ângulos e cortes que tentam forçar uma inovação e os fatos jogados na trama, sem causa e efeito, que apenas “estão” ali.

A inserção de detalhes pesam tanto na trama que no final, explode rápida e vergonhosamente. O prego no caixão de “Filme Ruim” vai para a última cena, sem pé nem cabeça, que tenta fazer uma alusão dramática ao livro usado de pano de fundo na história, do cientista sueco Emanuel Swedenborg - uma imagem bonita, se fosse apenas no quadro e não uma cena “real”.

Cinco rolos de filmes posicionados linearmente, com dois rolos mais escuros, indicando a nota da crítica, dois de um total de cinco, que significa "Regular". Ao lado da arte vetorial, o símbolo de igual, funcionando como uma explicação para a nota "Regular".

Ficha Técnica:

Título: Vozes e Vultos (All Things Heard And Seen)

Direção: Shari Springer Berman e Robert Pulcini

Elenco: Amanda Seyfried, James Norton, F. Murray Abraham, Rhea Seehorn, Natalia Dyer, Alex Neustaedter.

Gênero: Suspense

Ano: 2021

Duração: 2h e 1 min

Data de lançamento: 29 de abril de 2021.

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